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Não pôde assistir à sessão "Há comunicação além da COVID-19"? Veja aqui o resumo

Atualizado: 22 de mar.

Marcando o início da 3ª semana Europeia da Saúde Pública (17 a 21 de maio), a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública e o Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva coorganizaram no passado dia 17 um debate dedicado à Comunicação de Ciência.

O evento seguiu um formato perguntas e respostas, com a moderação de Duarte Vital Brito (ANMSP).


Inicialmente, Vera Novais (Observador, SciComPT) relembrou o momento histórico para o jornalismo durante a pandemia, com a ciência a evoluir ao mesmo tempo que a estavam a reportar e a implicar uma reformulação constante da informação transmitida – “quase nos contradizemos a nós próprios, foi um desafio enorme para o público, mas também para os jornalistas”. A jornalista salientou ainda as atividades do jornal Observador no combate à desinformação durante a pandemia, com ferramentas de fact checking no Facebook e outras redes sociais, embora admita que o impacto na população é ainda desconhecido – “infelizmente a notícia original é sempre mais lida do que o desmentido”.


Joana Lobo Antunes (Comunicação IST, FCSH) sublinhou a imprescindível colaboração entre instituições académicas e de Saúde durante a pandemia – “uma das coisas que ficou muito clara nesta crise é que a comunidade científica tem a vontade de ser útil à sociedade”. No entanto, para garantir a eficiências do cruzamento de saberes e culturas organizacionais, relembrou que precisamos de “saber falar a mesma língua”, não só entre nós como com a população em geral. A promoção de redes de proximidade com as comunidades tem o potencial para capacitar os indivíduos para a ação.


Quando questionado sobre a aplicação da gamificação por profissionais de saúde no seu dia a dia, Hernâni Zão Oliveira (Universidade de Évora) explicou que a utilização de jogos é uma ferramenta para motivar e/ou persuadir o indivíduo na tomada de decisão e potencialmente na adoção de comportamentos saudáveis, relembrando ainda que é crucial a existência de segmentação nesta forma de comunicação – “devemos sempre adequar as mensagens às características do público”. Atualmente o investigador encontra-se a trabalhar em gamificação para reabilitação de doentes pós-COVID-19.


O concurso COMUNICAR SAÚDE, lançado em 2019 pelo Centro Ciência Viva, foi apresentado por Isabel de Santiago (Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública FMUL) como uma oportunidade inovadora em Portugal para o desenvolvimento de projetos de literacia em saúde. Relembrou que “o primeiro objetivo da comunicação de saúde é empoderar as pessoas”, o que infelizmente não aconteceu no início desta pandemia, mas que ainda podemos aproveitar o momentum para adotar uma nova forma de comunicar a Ciência.


Texto por Raquel Vareda,

pela Equipa de Comunicação da ANMSP.


A sessão pode ser revista no vídeo abaixo ou em https://youtu.be/a0nVQNq7f48.



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